Ídolos

Zé Carlos

17/06/2010 14:43

Zé Carlos: José Carlos da Costa Araújo ( Rio de Janeiro, 7 de Fevereiro de 1962 - 24 de Julho de 2009 ) foi um goleiro revelado pelo Americano e que marcou época á frente da meta rubro-negra e também da Seleção Brasileira.

No início de sua carreira, Zé Carlos atuou pelo Americano-RJ e Rio Branco-ES. Entretanto, sua carreira acabou sofrendo uma guinada em 1984, quando o goleiro foi contratado pelo Flamengo com a árdua tarefa de substituir um dos mais vitoriosos goleiros da longa história rubro-negra, Raul Plassman.

Alto e ágil, logo se destacou no Mais Querido do Brasil, e já conquistou logo nas suas primeiras partidas, não só a posição de titular, como o Campeonato Carioca de 1986. Aquela conquista, aliás, seria apenas a primeira de um ciclo que se manteria entre 1986 e 1991, período em que Zé titular absoluto na meta do Flamengo. Apesar da condição, vale-se ressaltar que Zé Carlos nunca foi uma unanimidade entre os torcedores, o motivo era simples, apesar de realizar defesas impossíveis, de puro reflexo e elasticidade, o ex-goleiro pecava em situações relativamente simples.

O auge de Zé Carlos aconteceu na Copa União de 1987. Naquela competição apareceu ao realizar defesas importantes para a conquista do título brasileiro num time que tinha peças da estirpe de Zico, Leandro, Andrade, Renato Gaúcho, Bebeto, Jorginho, Leonardo e Zinho.

Graças ás brilhantes atuações, foi em 1988, chamado para a seleção olímpica e acabou conquistando a medalha de prata nos jogos de Seul. Voltaria a vestir a camisa canarinho dois anos depois, quando convocado por Lazzaroni, técnico de outros tempos no Flamengo. O time de Lazaroni, disputaria a Copa do Mundo de 1990, que acabaria se tornando um fracasso. Na competição, Zé Carlos foi reserva.

Deixou o Flamengo pela primeira vez em 1991. Desgastado com a torcida, viu o Fla renovar-se com a chegada do então jovem treinador Luxemburgo, que optou por utilizar o goleiro Gilmar Rinaldi e colocá-lo no incômodo banco de reservas. Assim, Zé Carlos pediu para ser negociado e teve rápida passagem pelo Cruzeiro, onde também não conseguiria brilhar. Em seguida, transferiu-se para o futebol português e defendeu o Vitória de Guimarães, o Farense, Felgueiras e FC Pedras Rubras.

No retorno ao Brasil, em maio de 1996, voltou a atuar pelo Flamengo, no entanto, encontrou Roger como titular da posição. Ainda sim, aproveitou-se das falhas do companheiro, ainda inseguro, e terminou a temporada como titular. Em 1997, é vitimado por um outro processo de renovação, que varrera diversos jogadores experientes do Mais Querido do Brasil e é negociado com o Vitória, que montava um projeto campeão. Antes de sua saída, foi o segundo goleiro no clube a marcar um gol - em partida contra o Nacional.

Antes de encerrar a carreira, em 2000, Zé Carlos ainda jogou pelo XV de Piracicaba, América-RJ e Tubarão-SC. No ano de 2006, Zé Carlos ocupou o cargo de gerente de futebol no América-RJ ao lado do ex-companheiro de Flamengo, o lateral Jorginho. Mais tarde, o companheiro se tornaria o braço direito de Dunga na Seleção Brasileira, e Zé Carlos tomaria outros rumos.

Mais tarde passou a defender o time de masters do Flamengo, ao lado de nomes como Adílio e Rondinelli em viagens por todo o Brasil. Ainda neste período, defendeu o Mais Querido nos torneios de Showbol.

No ano de 2009, enquanto viajava com o time de masters, descobriu ser portador de um câncer de abdômen que já havia chegado em estágio avançado. Apesar de ter mostrado, na luta contra a doença, a mesma garra dos tempos de goleiro do Flamengo, Zé não conseguiu vencer esta batalha, e faleceu no dia 24 de Julho de 2009 deixando para a imensa torcida do Fla, a boa lembrança dos tempos em que foi a parede rubro-negra.

 

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